18/09/13

In three words I can sum up everything I've learned about life: it goes on

  • Durante as próximas duas semanas o meu horário vai mudar. Toda a gente do décimo ano vai fazer o praktikum, basicamente consiste num estágio, eles arranjam o trabalho por si mesmos e apesar de não serem pagos acho uma óptima experiência, não só porque não têm aulas durante duas semanas (como é que algo assim poderia ser mau?) mas também lhes dá um pequeno vislumbre do mundo do trabalho e ajuda na escolha da profissão no futuro. Entretanto foi feita uma turma especial com as pessoas que não vão fazer o praktikum, turma essa em que estão alunos que vieram doutras escolas e por isso já tinham feito um, ou reprovaram e também já tinham feito e eu. Durante estas semanas só vamos ter biologia, matemática, química, informática, espanhol e inglês, ou por outras palavras, uma seca terrível.
  • Segunda-feira foi um bocado esquisito porque não estava a reconhecer ninguém mas lá encontrei algum pessoal que tinha conhecido e acabou por ser super divertido.
  • Bem, terça-feira, nem vos conto. Em honra do que aconteceu ontem vou criar uma rubrica chamada: "Rosa faz figuras tristes na Alemanha!" (tentem ler com aquela voz irritante de alguém que está a apresentar um concurso ou uma promoção). Dormi de mais e perdi o autocarro, então o meu pai teve de me levar à escola. São 8h18 quando chego, as aulas começaram à meia hora. Vejo o horário rapidamente e lá vou eu. Bato à porta e explico rapidamente ao professor que perdi o autocarro e que sou a aluna de intercâmbio, ele lá me deixa entrar. Não estranho não reconhecer o professor, porque como já expliquei estou com um horário diferente e os professores vão mudando todos os dias. Passado cinco minutos começo a achar esquisito não reconhecer ninguém e apercebo-me que o professor não parece estar a dar biologia, mas sim história ou geografia. Viro-me para a rapariga ao meu lado e pergunto-lhe, a resposta dela: "No, this 11.3, we are having history". Ups, ups, ups. Ainda ponho a hipótese de ficar até ao fim da aula só para não passar a vergonha de ter de sair e interromper a aula outra vez. Lá ganho a coragem para levantar o dedo d explicar a situação. Por sorte ele foi um bacano e me explicou onde ficava a minha sala. E lá vou eu, outra vez, mais vermelha que um tomate, mas desta vez para a sala para a sala certa pelo menos! A seguir tivemos inglês com Herr Gibbons. Eu já o conhecia porque ele é o coordenador de alunos e foi ele que me ajudou nos primeiros dias. Herr Gibbons é inglês e é provavelmente uma das pessoas mais engraçadas que já conheci. Acho que nunca me tinha rido tanto numa aula, e não estou a falar daquele riso falso que fazemos quando um professor falha redondamente ao tentar contar uma piada.
  • No fim das aulas fui até à estação de comboios porque tinha combinado encontrar-me em Braunschweig com os outros estudantes do meu comité para nos irmos informar sobre um curso de alemão que a AFS oferece. Como não estava ninguém na estação (se é que lhe possa chamar estação, parecia mais uma pequena paragem de autocarro mas com linhas de comboio) tive de ir comprar o bilhete à máquina. Mas a máquina não funcionava e o comboio já estava a chegar. Decidi entrar na mesma no comboio e quando o supervisor me viesse perguntar sobre o bilhete explicava-lhe a situação e pagava o bilhete no comboio. Apesar de eu não ter culpa nenhuma naquela situação não conseguis deixar de imaginar o pior cenário: e se ele não acreditasse na minha história e me expulsasse do comboio? As estações vão passando, estamos quase a chegar e nada, ninguém vem. Chegámos, acabei por poupar 8 euros na viagem!
  • Encontro os outros estudantes e lá vamos nós. No instituto, depois uma longa discussão a tentar encontrar um horário que todos pudessem lá nos decidimos: quarta-feira às 15h30 e sexta-feira às 18h (inicialmente ia ser mais cedo, mas eu nunca perco uma oportunidade e relembrei-os que se na sexta tivesses mais tarde podíamos depois jantar e ficar de noite por Braunschwieg, que pena!). O professor riu-se: "You guys are very smart!". 
  • No fim fomos todos comer, o Miguel e a Eleonora piza, eu e o Julian um kebab. Eu achava que os kebabs em Braga eram bons, mas comparando com os que tenho comido parecem comida de gato. A razão pela qual os kebabs são tão bons é porque imensos turcos imigraram para a Alemanha (só na minha turma há 3). Eu estava a falar espanhol com o Julian e o dono perguntou-nos se éramos espanhóis. Através de gestos e o nosso rudimentar alemão lá lhe explicamos que não. Eles ficou todo contente e ofereceu-nos os kebabs de graça, disse que éramos muito corajosos e que adorava espanhóis porque lhe lembravam da turquia, obviamente não percebeu o que nós tínhamos dito sobre não sermos espanhóis, but who cares: free kebabs!

Espero que tudo esteja bem na Tugalândia. Tschüss!

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